Quando a violência contra criança e adolescente exterioriza para a vizinhança

 11 DE MARÇO DE 2021 POR CARLOS AUGUSTO

Tapas, socos, pontapés, gritos e pedidos de socorro. Você já presenciou alguma dessas situações? Já ouviu isto da sua casa ocorrendo na casa do vizinho? Já pensou no que poderia ser realizado? Indagou se a criança/adolescente merecia sofrer tais violências? Refletiu se deve meter a colher na casa do vizinho? O tema do texto do mês é justamente esse: o que devo fazer quando presenciar/ouvir situações de violência contra criança e adolescente na casa dos vizinhos.

Em publicações anteriores, eu comentei que existe uma tríplice proteção dos direitos e garantias da criança e do adolescente (Estado + sociedade + famílias), lembra disso? Acredito que lembra! Então, a sociedade (nós) também deve promover a proteção deste grupo minoritário, pois a Constituição Federal (maior lei do país) prevê esta obrigação a todos e a todas.

“Mas, Carlos, o povo resolve ter filhos e eu que tenho que ser responsável?” É basicamente isso mesmo... A responsabilidade são destes três grupos de pessoas, mas, cá entre nós, a sociedade acaba não se importando muito com essa obrigação e a responsabilidade acaba sendo esquecida, no entanto, ela existe e deve ser efetivada.

Fonte:Tenor

Na situação que eu narro no início do texto, você considera que a sociedade (os vizinhos) deveria fazer algo para cessar, acabar, com tamanha violência? Acredita que era possível terminar com a violência, crueldade e opressão? Eu acredito que sim, ein?! Nós, enquanto sociedade, podemos nos colocar no lugar do outro e ter alguma atitude para amenizar a dor do nosso amigo, conhecido ou vizinho.

As medidas que podem ser realizadas eu acredito que você já conhece: denunciar para o Conselho Tutelar do município (eu falei um bocadinho sobre isto no texto de outubro ;) vai lá); discar para o 100 ou 180 e relatar o que viu/ouviu; denunciar na Polícia Militar, Polícia Federal ou até mesmo na Polícia Rodoviária Federal. Aaah, e vale lembrar que estas denúncias são anônimas e respeitam a sua privacidade.

“Mas, Carlos, e porque eu devo me meter no que ocorre na casa dos outros?” Por uma questão singela: por humanidade. Não é raro ouvir gritos de crianças/adolescentes que sofrem maus tratos de seus responsáveis e que vai além de uma simples palmada, algumas deixam marcas passageiras e outras deixam marcas para toda uma vida, tornam-se eternas, sendo que, para educar, não se deve realizar castigos físicos ou tratamentos cruéis.

Então fica ligado e ligada: caso escute algum vizinho batendo, maltratando o filho, meta a colher e denuncie, pois você tem a obrigação de eliminar a violência, crueldade e opressão realizadas contra crianças e adolescentes.

Um abraço. Um cheiro e até mês que vem!